Lewis Hamilton atribuiu a saída precoce do treino classificatório para o Grande Prêmio do Azerbaijão a uma decisão estratégica tomada pela Ferrari desde a sexta-feira. O britânico, que liderara o segundo treino livre, vai largar apenas em 12º neste sábado (20) após ficar 0,395 s atrás do tempo necessário para avançar ao Q3.
Na segunda fase da classificação, a equipe optou por colocá-lo em pista com um único jogo de pneus macios para duas tentativas consecutivas. Nenhuma das voltas superou a marca registrada pelo próprio piloto no Q1, o que selou a eliminação. Charles Leclerc, companheiro de equipe, trocou para compostos médios no fim do Q2 e conseguiu entrar entre os dez primeiros.
Faltaram pneus médios
Hamilton explicou que gostaria de seguir o mesmo plano de Leclerc, mas não dispunha de jogos médios suficientes após ter utilizado um set extra na sessão livre de sexta-feira.
“Todos os concorrentes diretos tinham três jogos de médios, menos eu”, comentou. Segundo o heptacampeão, a equipe calculava que o composto médio poderia render cerca de 0,3 s por volta e, por isso, pretendia guardar os dois conjuntos restantes para eventuais saídas no Q3. “Mas é preciso chegar ao Q3 primeiro”, lamentou.
Ajustes de acerto não funcionam
O piloto admitiu também que as alterações de configuração realizadas entre sexta e sábado reduziram sua confiança no carro. Apesar disso, acreditava que disputaria as três primeiras posições na tabela: “Pensei até que poderia buscar a pole; não sentia isso havia tempo. Estar em 12º é duro, mas não creio que seja falha de pilotagem, e sim de execução”.
Leclerc elogia mudanças, mas critica médios
Leclerc, que largará em décimo depois de bater na curva 15 já no Q3, avaliou de forma oposta: disse ter se sentido melhor com o carro após mudanças noturnas, porém destacou a dificuldade de aquecer os pneus médios sob as temperaturas do sábado. O monegasco relatou perda de 0,7 s a 0,8 s antes do erro que o levou ao muro.
Objetivo segue o pódio
Mesmo decepcionado, Hamilton mantém a meta de terminar entre os três primeiros. Ele recordou que o ritmo de corrida exibido no segundo treino livre foi o mais rápido e afirmou confiar na velocidade de reta da Ferrari para ganhar posições. “Em Baku sempre há chance de safety car e de estratégias variadas, então vou entrar na corrida o mais otimista possível”, concluiu.
Com informações de RACER



