A introdução de motores híbridos mais avançados, combustível 100% sustentável e aerodinâmica ativa em 2026 deve representar uma das maiores transformações técnicas da Fórmula 1, mas as equipes já demonstram preocupação com os custos do novo combustível.
Valores podem quintuplicar
Estimativas iniciais apontam que o preço por litro do combustível utilizado no grid poderá oscilar entre US$ 170 e US$ 225 — muito acima dos atuais US$ 22 a US$ 33. Relatos indicam ainda que a busca por desempenho pode elevar o valor a mais de US$ 300 por litro.
Visão de especialistas
Ex-piloto de F1 e comentarista da Sky Sports, Karun Chandhok afirmou ao Motivational Speakers Agency, em parceria com o PlanetF1.com, que não há consenso sobre o futuro da propulsão no automobilismo. “Há muito barulho no mundo, tanto no setor automotivo quanto no esportivo. É combustível sintético? É elétrico? É hidrogênio? É híbrido? Não estou convencido de que exista alguém no planeta que possa dizer com certeza qual é o futuro”, disse.
Chandhok destacou o uso das pistas como laboratório tecnológico. Segundo ele, os motores híbridos da F1 introduzidos em 2014 já conseguiam gerar energia usando 50 % do combustível consumido, enquanto carros de rua ficam em torno de 30 %. Para 2026, o ex-piloto prevê uma divisão de 50/50 entre energia elétrica e combustão.
Reações no paddock
No Grande Prêmio da Itália, o diretor da Red Bull Racing, Laurent Mekies, classificou o novo regulamento como “um grande avanço” por ser a primeira vez que o campeonato adotará combustível totalmente sustentável.
O chefe da Ferrari, Fred Vasseur, admitiu que ainda é difícil estimar o impacto financeiro, mas ressaltou os benefícios: “Não podemos subestimar o desafio de migrar para combustível 100 % sustentável. É um enorme passo para a F1 e uma nova direção. Sim, é um pouco mais caro que na temporada atual, mas precisamos olhar para o médio e longo prazo para manter tudo sob controle”.
Com alterações simultâneas em chassis e unidades de potência, a temporada de 2026 promete modificar não apenas a performance dos carros, mas também o modelo econômico da categoria.
Com informações de F1Mania.net



