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Honda aposta em Kakunoshin Ohta como próxima estrela internacional

Kakunoshin Ohta, 26 anos, vem exibindo desempenho consistente nas pistas norte-americanas e japonesas, reforçando o projeto da Honda de formar um novo nome de destaque no automobilismo mundial.

Estreia nos EUA

Ohta, que adota o apelido “Kaku” nos Estados Unidos, estreou na IMSA WeatherTech SportsCar Championship na Rolex 24 de Daytona, em janeiro de 2025, ao volante do Acura ARX-06 nº 93 da Meyer Shank Racing (MSR). Depois disso, participou das provas de seis horas em Watkins Glen e Indianápolis pela mesma equipe. Para ganhar quilometragem adicional, também competiu na classe LMP2 com a Era Motorsport em Sebring e Road America.

Mesmo em seu primeiro contato com cinco autódromos inéditos e dois modelos de protótipos diferentes, o japonês liderou voltas em Daytona e travou disputas pelo primeiro lugar contra Romain Grosjean (Watkins Glen) e Frederik Vesti (Indianápolis). Problemas de suspensão em Daytona, decisões estratégicas nas corridas seguintes e um erro no fim da prova de Road America adiaram o primeiro pódio, mas não diminuíram a impressão positiva deixada pelo piloto.

Aprendizado técnico

Ohta destaca as diferenças entre o GTP da IMSA e o GT500 japonês, citando menor aderência dos pneus de endurance e maior dependência da aerodinâmica nos protótipos. Ele também elogia a estrutura de quase 100 profissionais que cercam o programa da Acura, e diz que o acesso a telemetria — proibido no GT500 — está acelerando seu desenvolvimento.

No ORECA 07 da LMP2, o japonês afirma encontrar um “racing puro”, comparando a dirigibilidade do carro a um Fórmula 3 e ressaltando a igualdade de equipamento entre as equipes.

Campanha dominante na Super Formula

Paralelamente à temporada nos Estados Unidos, Ohta disputa seu terceiro ano na Super Formula pela Dandelion Racing, equipe de apenas 25 funcionários sediada perto de Kyoto. Em 2025 ele já venceu três vezes (Suzuka, Motegi e Fuji) e ocupa a terceira posição no campeonato, atrás de Sho Tsuboi e Ayumu Iwasa, com duas rodadas duplas ainda por disputar.

O próprio piloto credita parte do avanço ao ritmo consistente exigido pelas corridas de longa duração da IMSA, experiência que teria aperfeiçoado sua administração de pneus e energia nos monopostos japoneses.

Trajetória marcada por superação

A evolução recente contrasta com o início desafiador da carreira. Após resultados modestos na Fórmula 4 japonesa, Ohta quase foi dispensado do Honda Formula Dream Project. O avanço veio em 2022, quando foi vice-campeão da Super Formula Lights e somou pódios na classe GT300 do Super GT, o que garantiu promoção à Super Formula e ao GT500 em 2023.

Logo no começo de 2023, um acidente a 240 km/h na curva 130R de Suzuka causou lesão nas costas e comprometeu seu desempenho por vários meses. A reação veio na última etapa daquela temporada, com vitória em Suzuka sobre Liam Lawson, seguida de pódios no GT500 e novas vitórias em 2024.

Olho na IndyCar

Inspirado em Takuma Sato, bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis, Ohta realizará em breve seu primeiro teste de IndyCar pela MSR em Mid-Ohio. Embora a equipe já tenha definido sua dupla para 2026 (Felix Rosenqvist e Marcus Armstrong), o japonês segue empenhado em conquistar o título da Super Formula e garantir apoio de patrocinadores para avançar rumo ao certame norte-americano.

Próximos passos

A Honda ainda não oficializou o programa de 2026, mas a tendência é que Ohta dispute sua quarta temporada na Super Formula e retorne ao elenco de endurance da MSR na IMSA, calendário que não apresenta conflitos de datas. O piloto afirma ter liberdade para dialogar com a montadora sobre o futuro e agradece o suporte recebido.

Com informações de RACER

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