A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) deve emitir, neste fim de semana, um segundo alerta consecutivo de calor para os pilotos da Fórmula 1 durante o Grande Prêmio dos Estados Unidos, marcado para o Circuito das Américas, em Austin.
A previsão aponta temperaturas acima do limite de 31 °C definido pela entidade. Os termômetros podem chegar a 32 °C na sexta-feira e no domingo, e a 33 °C no sábado, igualando ou superando os níveis que motivaram o primeiro aviso oficial há duas semanas, no GP de Singapura.
Sistema de resfriamento volta ao debate
Com a provável repetição do alerta, retorna também a discussão sobre o uso do colete de refrigeração. Desenvolvido após o GP do Catar de 2023, quando vários competidores precisaram de atendimento médico por superaquecimento, o equipamento circula água gelada por tubos internos para reduzir a temperatura corporal.
George Russell (Mercedes) estreou o acessório no GP do Bahrein deste ano e elogiou o alívio térmico, embora tenha apontado desconforto devido ao espaço limitado no cockpit. Quem optar pelo colete precisa adicionar 0,5 kg de lastro ao carro para equilibrar o peso, fator que pesa na decisão dos pilotos.
Obrigatoriedade prevista para 2026 divide o grid
Atualmente, o uso do colete é opcional, mas a FIA planeja torná-lo obrigatório a partir de 2026. A proposta enfrenta resistência. “Discordo totalmente dessa ideia. É ridículo”, afirmou Max Verstappen (Red Bull). O holandês acrescentou que, após cerca de 20 minutos, o equipamento esquenta e perde a eficácia.
Lewis Hamilton (Mercedes) compartilha da mesma opinião: “Nenhum piloto morreu por superaquecimento em uma corrida. A decisão precisa ser nossa”, disse o heptacampeão, que defende a manutenção do caráter facultativo.
Com o calor texano previsto para testar novamente os limites físicos dos competidores, a FIA deve agir para minimizar riscos, enquanto pilotos e equipes seguem divididos sobre a melhor forma de enfrentar as altas temperaturas.
Com informações de Autoracing



