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Russell reclama de corridas decididas na primeira curva e cobra pneus mais frágeis

21 de outubro de 2025 — George Russell afirmou que a Fórmula 1 atravessa um período em que o resultado das provas se define logo após a largada, deixando pouca margem para disputas ao longo da corrida.

Após largar em quarto e terminar em sexto no Grande Prêmio dos Estados Unidos, em Austin, o piloto da Mercedes explicou que já previa seu destino antes mesmo da primeira curva. “A posição depois da curva 1 determinou tudo, e foi exatamente o que aconteceu”, resumiu.

Igualdade de desempenho e pouco desgaste

Russell apontou dois fatores para a falta de ultrapassagens: degradação quase inexistente dos pneus e diferença mínima de performance entre os carros da ponta.

“Hoje a F1 é Q3 e corrida até a curva 1”, disse o britânico. Segundo ele, a distância entre o carro mais veloz e o mais lento dentro dos seis primeiros é de cerca de três décimos; para arriscar uma ultrapassagem, seriam necessários pelo menos cinco.

Ele também citou a ausência de variação estratégica. “Se eu tivesse saído da primeira curva em terceiro, subiria ao pódio. Saí em sexto, terminei em sexto. Nem lembro da última prova com duas paradas”, comentou.

Proposta para pneus mais desafiadores

Para mudar o cenário, Russell direcionou o foco à fornecedora Pirelli. O piloto propôs compostos que possibilitem ritmo forte, mas percam rendimento após poucas voltas. “Precisamos de pneus que deixem atacar e, depois de 15 voltas, caiam muito. Assim teríamos duas ou três paradas e mais estratégias”, explicou.

Ele sugeriu que os pneus macios resistam a cerca de 12 voltas, os médios a 15 e os duros a 20 antes de apresentarem queda acentuada de desempenho. Mesmo assim, reconheceu o impasse: “Se gastam demais, dizem que não dá para forçar; se duram demais, a corrida fica entediante”.

Expectativa para o regulamento de 2026

Lando Norris, da McLaren, concordou com Russell e relatou dificuldade para ultrapassar Charles Leclerc em Austin. “Não sei se o novo regulamento de 2026 vai resolver, mas espero que sim.” Para o britânico, menos downforce e maior velocidade em reta podem tornar as provas mais animadas.

Fernando Alonso, da Aston Martin, mostrou cautela, mas também vê potencial nas mudanças. “Regulamentos novos sempre tentam aumentar as ultrapassagens; às vezes funcionam, outras não”, disse o bicampeão. O espanhol destacou que, caso haja mais disputas, a gestão de energia poderá assumir papel decisivo.

Com informações de Autoracing

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