A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) enfrenta uma ação judicial que pode paralisar a eleição presidencial marcada para 12 de dezembro, no Uzbequistão. O processo foi aberto no Tribunal de Justiça de Paris pela suíço-francesa Laura Villars, ex-pilota e empresária de 28 anos, que alega falta de competitividade no novo sistema de votação.
Contestação às regras
Desde junho, os candidatos à presidência precisam apresentar uma lista com sete vice-presidentes, cada um representando uma região da FIA. De acordo com Villars, o regulamento impede qualquer chapa alternativa, pois há apenas uma representante elegível da América do Sul: Fabiana Ecclestone, que já declarou apoio à reeleição do atual presidente, Mohammed Ben Sulayem.
“Nessas condições, nenhuma lista concorrente pode incluir um vice-presidente sul-americano”, afirma a ação, que classifica o método de escolha como “violação aos princípios de democracia e pluralismo” da federação.
Pedido de urgência aceito
O advogado de Villars, Robin Binsard, informou que o tribunal aceitou o caráter de urgência do caso. A audiência preliminar está marcada para 10 de novembro. Segundo Binsard, o processo expõe “falhas democráticas graves” na FIA.
Reações no paddock
Após o anúncio, o ex-comissário da FIA Tim Mayer, que retirou sua própria candidatura no início do mês, reforçou as críticas: “É uma corrida de um cavalo só — uma ilusão de democracia”.
Silêncio oficial e clima de tensão
Consultada pelas agências RMC e AFP, a FIA preferiu não comentar o litígio. A federação também lida com outro caso judicial, movido por Susie Wolff, chefe da F1 Academy, que acusa a entidade de má condução em uma investigação de conflito de interesses realizada no ano passado.
Com a data da eleição se aproximando, a disputa legal de Villars amplia a pressão interna e ameaça o cronograma político da organização.
Com informações de Autoracing



