Lucas di Grassi, campeão da Fórmula E e ex-piloto de Fórmula 1, declarou que o “Crashgate” de 2008 interrompeu sua chance de ganhar uma vaga titular na categoria. Na época, o brasileiro atuava como piloto de testes da Renault e aguardava a possível demissão de Nelson Piquet Jr., envolvido posteriormente na batida proposital que beneficiou Fernando Alonso no Grande Prêmio de Singapura.
“Isso prejudicou minha carreira, porque eu era o piloto reserva da Renault. Eu ficaria com o lugar do Nelson, que já estava praticamente demitido. Depois de Singapura, tudo parou e renovaram o contrato dele”, disse di Grassi ao portal RacingNews365, em tom bem-humorado ao citar que “talvez devesse processar a Renault”.
O paulista de 41 anos avalia que a mudança de planos representou perda financeira e esportiva: “Eu provavelmente teria disputado algumas corridas em uma equipe melhor, em vez de correr pela Virgin, teria marcado pontos na Fórmula 1 e minha vida financeira na época seria diferente”.
Di Grassi revelou ainda que suspeitou de irregularidades no acidente de Piquet Jr., mas somente confirmou o esquema quando o caso veio a público em 2009. O escândalo, que resultou na saída da Renault e de dirigentes da equipe, voltou ao noticiário recentemente graças ao processo movido por Felipe Massa contra FIA, FOM e Bernie Ecclestone. Massa pede US$ 82 milhões por entender que o resultado manipulado em Singapura lhe custou o título de 2008, conquistado por Lewis Hamilton por um ponto. O litígio entrou em fase de audiências em Londres nesta semana e pode avançar para julgamento completo.
Atualmente, Lucas di Grassi segue na Fórmula E e disputará a próxima temporada pela equipe Lola Yamaha ABT.
Com informações de F1Mania.net
