A Aston Martin reforçou sua área de simulação com a chegada de Marco Fainello, engenheiro que comandou o desenvolvimento do simulador da Ferrari durante o domínio da equipe nos anos 1990 e 2000. O italiano foi contratado como consultor após recomendação de Enrico Cardile, ex-Ferrari e atual diretor técnico da escuderia britânica.
A movimentação atende a uma demanda direta de Adrian Newey, que ingressou na Aston Martin em março de 2025 como sócio técnico e acionista. Em sua primeira aparição oficial, no GP de Mônaco, o projetista comentou que o simulador do time “não apresentava correlação” com a pista e poderia levar até dois anos para ser atualizado.
Reestruturação voltada para 2026
Com a mudança do regulamento da Fórmula 1 prevista para 2026 — que exigirá 50% de eletrificação, uso de combustíveis sustentáveis e aerodinâmica ativa —, a equipe acelera contratações para cumprir um cronograma apertado. Além de Fainello, já chegaram:
- Giles Wood, ex-McLaren, Red Bull e Apple, como diretor de simulação e modelagem de veículos;
- Nick Roberts, ex-Racing Bulls, que assumirá a estratégia de corrida após período de quarentena.
A Aston Martin também prepara a integração do novo motor Honda, que estreará com o modelo AMR26, primeiro carro totalmente desenvolvido sob a liderança de Newey.
Experiência de Fainello
Fainello ingressou na Ferrari em 1995, chefiou a dinâmica veicular de 1997 a 2004 e participou da implantação do primeiro simulador de Maranello. Após atuar em projetos de carros de rua e GT, deixou a equipe italiana no fim de 2016. Aos 61 anos, retorna à Fórmula 1 com a missão de alinhar a correlação entre pista e ambiente virtual em Silverstone.
O objetivo do trio Newey-Fainello-Wood é garantir que dados gerados no simulador reflitam o comportamento real do carro, reduzindo custos e tempo de desenvolvimento antes da estreia do novo regulamento.
Com informações de Autoracing
