São Paulo (4.nov.2025) – A quatro etapas e duas corridas sprint do fim da temporada, Max Verstappen reduziu para 36 pontos sua desvantagem na classificação do Mundial de Fórmula 1, que ainda oferece 116 pontos em jogo. O holandês da Red Bull transformou a briga que vinha sendo restrita aos pilotos da McLaren, Lando Norris e Oscar Piastri, e passou a ser considerado candidato real ao pentacampeonato.
Retomada histórica
A recuperação de Verstappen impressiona pelo tamanho do salto: após o GP da Holanda, ele estava 104 pontos atrás do líder. Mesmo quando terminou apenas em terceiro no México, onde Norris venceu com autoridade, o campeão de quatro temporadas manteve a tendência de corte na diferença.
Peso psicológico diferente
Enquanto Norris e Piastri buscam o primeiro título – conquista que colocaria qualquer um dos dois em um seleto grupo de 35 campeões mundiais –, Verstappen encara a reta final como “jogada de graça”, segundo integrantes da Red Bull, já que seus quatro campeonatos amenizam a pressão pessoal.
Equilíbrio na McLaren
Piastri liderou a tabela de abril até o fim de agosto e chegou a abrir 34 pontos, mas erros em Baku e resultado discreto no México, onde cruzou em quinto, o deixaram um ponto atrás de Norris. O novo cenário cria desafio estratégico interno: se Piastri estiver à frente de Norris em uma prova e Verstappen aparecer logo atrás, qual decisão o pitwall tomará?
Próxima parada: Interlagos
O GP do Brasil deste fim de semana pode ser decisivo. No ano passado, a McLaren foi dominante no seco, mas sofreu na chuva por causa de freios e necessidade de asa traseira com mais downforce – combinação que permitiu a Verstappen vencer largando de 17º. A previsão de possibilidade de chuva novamente deixa a equipe britânica em alerta.
Calendário favorável?
Depois de Interlagos, o campeonato segue para Catar, Las Vegas e Abu Dhabi. Catar e Yas Marina tendem a favorecer a McLaren, enquanto Las Vegas é carta fora do baralho: em 2024, o time enfrentou forte degradação de pneus, problema minimizado pelo composto revisado da Pirelli em 2025. Mercedes também é apontada como ameaça eventual nessas praças.
Com variáveis que incluem clima, evolução técnica dos carros e a pressão psicológica sobre os pilotos, a reta final promete decisões até a última volta. Para Norris e Piastri, conter Verstappen e ainda superar o companheiro virou condição obrigatória para erguer o troféu. Para o holandês, cada corrida é a chance de transformar uma recuperação improvável em façanha histórica.
Com informações de RACER



