Manama (Bahrein), 5 de novembro de 2025 – Piloto oficial da Corvette Racing, o irlandês Charlie Eastwood, 30 anos, assumiu em março a função de piloto de simulador do recém-criado projeto da Cadillac na Fórmula 1, tornando-se peça-chave no programa global de competições da General Motors.
Mesmo antes do anúncio público da entrada da Cadillac na categoria, feito em outubro, Eastwood já trabalhava no centro técnico da GM em Charlotte, Carolina do Norte. O convite chegou logo após o término do período de “gardening leave” do piloto na Mercedes F1, onde exerceu papel semelhante por várias temporadas.
“Enviei uma mensagem para Eric Warren (vice-presidente de competições globais da GM) e, em 15 minutos, já estava em uma corrente de e-mails que resultou na contratação. A GM age rápido”, contou.
Agenda cheia em 2025
Além das atividades em simulação, Eastwood despendeu o ano equilibrando programas de GT3 nas seguintes competições:
- FIA WEC, com a TF Sport;
- IMSA, com a parceira DXDT;
- European Le Mans Series, também pela TF Sport.
O cronograma inclui constantes deslocamentos entre a Europa, os Estados Unidos e o Oriente Médio, mas o irlandês afirma que o esforço vale a pena: “Na Mercedes eu chegava para aprender; aqui, trago meu conhecimento para um projeto que ainda não tem um único quilômetro de dados”, explicou.
Planos para 2026 em aberto
Sobre o futuro, Eastwood diz estar aberto a múltiplos caminhos dentro da GM. “Se eu for mais valioso com 50 dias de simulação na F1, tudo bem. Se for correndo todas as provas possíveis com a Corvette, também estarei satisfeito”, declarou, sem esconder o desejo de, um dia, atuar na classe Hypercar.
Decisão de título no Bahrein
Antes de definir 2026, o piloto tem um fim de semana decisivo nas 8 Horas de Bahrein, última etapa do FIA WEC. Ao lado de Rui Andrade e Tom van Rompuy, no Corvette Z06 GT3.R nº 81 da TF Sport, Eastwood ocupa a vice-liderança da LMGT3, 24 pontos atrás da Manthey 1st Phorm – há 39 em disputa.
A equipe chega embalada por vitórias em Fuji e pódios em Le Mans e São Paulo. Segundo Eastwood, o traçado abrasivo de Sakhir favorece o Corvette em desgaste de pneus, mas impõe escolhas estratégicas delicadas, sobretudo na transição do dia para a noite, quando a temperatura da pista cai.
“É preciso ser sólido e evitar exageros no início de cada stint. Uma perda de um minuto cedo pode ser irrecuperável”, comentou. “Com a TF Sport, a execução costuma ser nosso ponto forte.”
O título da categoria será decidido no sábado, quando se encerram as oito horas de corrida sob luz artificial no deserto do Bahrein.
Com informações de RACER



