Phoenix (EUA), 7 de novembro de 2025 – Scott Dixon e Alexander Rossi iniciaram nesta quinta-feira um programa de dois dias no Phoenix Raceway para avaliar diversas opções de pneus Firestone que serão usadas na etapa da IndyCar marcada para 6 e 7 de março, no mesmo fim de semana da NASCAR.
Dixon, ao volante do carro nº 9 da Chip Ganassi Racing, destacou a importância do trabalho. “Faz tempo que não participo de um teste completo de pneus. Temos compostos, construções, larguras diferentes – até coisas que nunca experimentei. É mérito da Firestone”, afirmou o hexacampeão, vencedor em Phoenix em 2016.
Carro mais pesado exige abordagem diferente
Desde a última corrida da categoria no oval de 1 milha, em 2018, o chassi Dallara DW12 ganhou cerca de 50 lb com a instalação do aeroscreen e mais 100 lb pelos sistemas de recuperação de energia, o equivalente ao peso de um piloto extra. Para conter o estresse adicional sobre os pneus, a IndyCar utilizou baixa pressão de turbo nos carros de Dixon e de Rossi – que guiou o nº 20 da Ed Carpenter Racing – reduzindo potência e velocidade máxima.
A mudança ocorre poucos dias após a final da NASCAR em Phoenix, marcada por múltiplas falhas de pneus. “Talvez tenham sido 20, 30, 40 estouros”, lembrou Dixon, defendendo a cautela adotada pela Firestone e pela categoria.
Tempos de volta e foco no espetáculo
Pole em 2018, Sebastien Bourdais registrou 19,5 s (188,5 mph). Nesta quinta, com potência reduzida, Dixon cravou 21,233 s pela manhã e 21,092 s à tarde, enquanto Rossi marcou 21,441 s e 21,107 s, respectivamente. Ambos completaram mais de 200 voltas, inclusive com diferentes níveis de downforce, sem variação significativa no cronômetro.
Dixon projeta que a classificação em março gire em torno de 20,5 s, cerca de 1 s acima do recorde de Bourdais, diferença atribuída principalmente à menor potência. Mesmo assim, ele prevê que o público da NASCAR notará a disparidade: a pole da Cup no último domingo, com Denny Hamlin, foi de 133,7 mph, enquanto um giro de 20,5 s na IndyCar equivaleria a aproximadamente 175 mph.
O teste continua nesta sexta-feira, com a Firestone analisando dados sobre desgaste, aderência e degradação para definir quais especificações levará ao primeiro fim de semana compartilhado entre IndyCar e NASCAR em Phoenix.
Com informações de RACER



