Várias estrelas da Fórmula 1 manifestaram apoio às pretensões de Colton Herta, recém-anunciado piloto de testes da Cadillac, de combinar o novo posto com uma campanha na Fórmula 2 em 2026.
O norte-americano de 25 anos, vencedor de nove provas na IndyCar, foi confirmado como piloto de testes do futuro projeto Cadillac na F1 na quarta-feira (4) e ainda definirá onde competirá regularmente no próximo ano. Equipes da F2 já foram procuradas para avaliar a possibilidade de inscrevê-lo, o que torna a categoria de acesso o destino mais provável.
Confiança de quem já correu com Herta
Lando Norris, que dividiu o box com Herta nos tempos de categorias de base na Grã-Bretanha, considera que o californiano se adapta rapidamente a qualquer carro. “Ele sempre soube ser veloz logo de cara; o problema não será a velocidade, mas sim chegar ao nível dos melhores da F1”, comentou o britânico.
Norris também defendeu uma revisão do sistema de pontos de Superlicença da FIA. Na visão dele, a IndyCar — considerada por muitos tão exigente quanto a F2 — deveria render mais pontos, facilitando a mudança de pilotos como Herta para a F1.
Experiências diferentes, mesmos objetivos
Oliver Bearman, que passou duas temporadas na F2 antes de estrear na F1 este ano, vê vantagens concretas em Herta disputar a categoria de suporte. “Os testes de F1 ajudam muito, mas correr na F2 coloca o piloto dentro dos fins de semana da F1 e expõe a um estilo de classificação baseado em apenas uma volta rápida, algo bem diferente da IndyCar”, explicou.
Oscar Piastri, campeão da F2 antes de se tornar titular da McLaren, concorda que estar no paddock durante um fim de semana de Grande Prêmio é valioso. Ele lembra que os testes isolados usam pneus e condições pouco representativos. “Treinar é importante, mas há limitações: carros antigos, pista pouco emborrachada e ausência de tráfego. Corridas na F2 oferecem ambiente real de competição”, comparou.
Próximos passos
Herta ainda não confirmou seu calendário de corridas para 2026, mas a combinação entre programa de testes da Cadillac e participação na F2 representaria o caminho mais direto para obter a Superlicença necessária a uma futura vaga no grid da Fórmula 1.
Com informações de RACER
