A presidente e CEO do Grande Prêmio de Las Vegas, Emily Prazer, afirmou que a etapa norte-americana se transformou em um “evento halo” tanto para a cidade quanto para a própria Fórmula 1, servindo de laboratório para testar novas ações de entretenimento e marketing.
No calendário desde 2023, o GP recebeu forte aporte financeiro em seu primeiro ano, adotou postura mais conservadora em 2024 e prepara nova investida promocional para a edição de 2025, marcada para novembro. Prazer, que também ocupa o cargo de diretora comercial da F1, diz que o ambiente de Las Vegas estimula iniciativas que não seriam aplicadas em autódromos tradicionais.
“Muita coisa pode acontecer em Vegas que não caberia em Monza, por exemplo. Isso nos dá confiança para experimentar e descobrir nossas próprias capacidades de produção”, declarou a executiva. Segundo ela, projetos como a parceria com a Lego, lançada originalmente em Las Vegas, inspiraram ações exibidas depois em Miami e até o evento F1 75 Live, realizado na O2 Arena, em Londres.
Novo perfil de público
Os organizadores identificaram mudança no tipo de espectador que comparece à corrida. Enquanto a expectativa inicial era de público dividido meio a meio entre estrangeiros e norte-americanos, 80 % dos ingressos vendidos em 2024 ficaram com torcedores dos Estados Unidos. A tendência deve se repetir neste ano.
Para atender essa demanda, os pacotes foram reposicionados. Os valores agora variam de ingressos de US$ 100 para arquibancadas básicas até opções de US$ 25.000 voltadas a clientes de alto poder aquisitivo. Há ainda entrada a US$ 50 para a quinta-feira de treinos, preço que, segundo Prazer, não existe em nenhuma outra etapa da categoria.
“Queremos mostrar que existe bilhete de entrada acessível. Nosso desafio é fazer o público saber disso”, explicou. A dirigente afirmou que o evento caminha para o esgotamento de ingressos em 2025, mesmo com a ampliação da oferta de faixas de preço.
Teste para novos produtos
O GP de Las Vegas também tem servido como plataforma de venda de produtos oficiais. A loja The Hub chegou a registrar filas de até 600 pessoas. Colaborações como a linha Hello Kitty, direcionada ao mercado norte-americano, ajudam a diversificar o portfólio, estratégia que poderá ser replicada em outras praças.
“Vegas é nosso campo de provas. Experimentamos, medimos a resposta e, se funcionar, levamos adiante”, disse Prazer. O sucesso comercial do fim de semana em Nevada, acrescentou, reforça a decisão de manter a corrida no calendário a longo prazo.
Com informações de RACER
