Aldo Costa, ex-chefe de engenharia da Mercedes e atualmente diretor técnico da Dallara, descreveu por que a primeira temporada de Lewis Hamilton na Ferrari se mostrou tão complicada. A declaração foi dada ao site italiano Formula Passion.
Repercussão após crítica de John Elkann
O assunto ganhou força depois de o presidente da Ferrari, John Elkann, pedir publicamente que o heptacampeão “falasse menos”. A observação provocou forte reação no paddock.
Damon Hill, campeão de 1996, afirmou no podcast Stay On Track que Elkann não foi “muito inteligente”, lembrando que as ações da montadora subiram quando a contratação de Hamilton foi anunciada, mas recuaram à medida que os resultados desapontaram. Para Hill, expor o tema em público só piorou o cenário.
Na Sky Sports, Jenson Button concordou e destacou que Elkann poderia ter resolvido tudo internamente, já que há “apenas dois carros no box vermelho” e uma conversa direta seria suficiente.
Adaptação cultural em Maranello
Costa ressaltou que a mudança de Hamilton sempre seria complexa, pois toda a carreira do britânico foi construída em equipes sediadas na Inglaterra. Em Maranello, ele encontrou um ambiente totalmente novo.
“Os primeiros meses foram muito duros”, relatou o engenheiro, explicando que o piloto precisou conhecer novos mecânicos e se habituar a uma rotina diferente. Cada integrante tentava extrair desempenho extra, o que exigiu paciência do novo contratado.
Importância da confiança técnica
Segundo Costa, Hamilton apresenta seu melhor rendimento apenas quando confia totalmente no núcleo técnico. “Ele precisa acreditar no engenheiro de corrida, no diretor técnico e no projetista-chefe. Se esse elo se rompe, o desempenho cai”, afirmou.
Peso de Charles Leclerc
Outro fator apontado foi a presença de Charles Leclerc. O monegasco, veloz e bem-quisto, está há anos na equipe e influencia naturalmente a adaptação de qualquer recém-chegado. Para o engenheiro, a Ferrari deve agir com cuidado, oferecendo orientações sutis a Hamilton para preservar a confiança considerada vital ao retorno da competitividade.
Com informações de Autoracing



