A terceira edição do Grande Prêmio de Las Vegas, marcada para a noite de 22 de novembro, promete novamente ser a corrida mais fria da temporada da Fórmula 1, com temperaturas previstas para a faixa dos 50 °F (cerca de 10 °C). O diretor de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, descreveu os principais obstáculos que equipes e pilotos enfrentarão no traçado urbano localizado a cerca de 2.000 pés de altitude.
Pacote de baixa pressão e perda de carga aerodinâmica
Segundo Shovlin, o circuito exige praticamente o mesmo pacote de baixa pressão utilizado em Monza. A altitude de Las Vegas reduz ainda mais a eficiência aerodinâmica, tornando o carro instável nas curvas. “Com retas tão longas, não há opção de usar asa grande; a perda de velocidade seria irreversível”, afirmou.
Pneus no centro da estratégia
Mais do que a configuração de asa, o fator decisivo será colocar os pneus na faixa ideal de temperatura. Quem conseguir aquecer a borracha pode ganhar até um segundo por volta em relação aos rivais. O frio complica especialmente as frenagens iniciais, quando os compostos ainda estão abaixo do ideal, aumentando o risco de travamentos.
Ajuste de altura e trechos críticos
Por contar com várias curvas de baixa velocidade, os carros precisam rodar o mais rente possível ao solo, o que faz o assoalho tocar o asfalto nas retas. Apesar de ser um circuito de rua, o piso é relativamente liso, permitindo essa configuração. O ponto de maior frenagem é a curva 14, descrita por Shovlin como “o maior impacto nos freios de todo o calendário”.
Possível embaralhamento do grid
Temperaturas tão baixas só costumam ser vistas em testes de inverno em Barcelona, o que pode alterar a ordem habitual de forças. Sem o frio, o traçado se pareceria mais com Baku ou Montreal, mas a janela térmica dos pneus em Las Vegas é única.
Dados da prova
Distância: 50 voltas / 192,6 milhas
Pole 2024: 1min32s312 (George Russell, Mercedes)
Vencedor 2024: George Russell (Mercedes)
Estratégia de pneus da Pirelli
A fornecedora leva às equipes cenários de estratégia elaborados por software próprio, que considera diferença de rendimento entre compostos, degradação histórica e tempo de pit-stop. As escuderias, por sua vez, aplicam o método Monte Carlo para incluir variáveis como tráfego, safety car e facilidade de ultrapassagem nas zonas de DRS.
Programação do fim de semana (horário de Brasília/ET)
Quinta-feira, 20 de novembro
19h25 – 20h30: Treino livre 1 (ESPNEWS)
22h55 – 0h00: Treino livre 2 (ESPN2)
Sexta-feira, 21 de novembro
19h25 – 20h30: Treino livre 3 (ESPNEWS)
22h55 – 0h00: Classificação (ESPN2)
Sábado, 22 de novembro
22h55 – 1h00: Grande Prêmio de Las Vegas (50 voltas ou 120 minutos) – ESPN
Com temperaturas rigorosas, trecho de rua veloz e longas retas, a expectativa é de uma corrida em que a gestão térmica dos pneus pode decidir posições do início ao fim.
Com informações de RACER



