Ayao Komatsu, diretor da Haas, classificou como “artificial” a decisão da Pirelli que restringe cada jogo de pneus a 25 voltas no Grande Prêmio do Catar de 2025.
O limite foi confirmado para a prova marcada para Losail e, na avaliação de Komatsu, obrigará todos os pilotos a realizarem pelo menos duas paradas, eliminando qualquer possibilidade de estratégias alternativas.
Medida motivada por problemas de 2024
Segundo o dirigente, a fabricante de pneus agiu por receio de uma repetição dos problemas estruturais ocorridos no ano passado. “Eles ficaram assustados. Com essa regra, uma corrida de uma parada se torna inviável”, afirmou.
Perda de imprevisibilidade
Para Komatsu, o ponto principal não é a duração do stint, mas a variedade tática que se perde. “O drama aparece quando uma, duas ou até três paradas são possíveis. É isso que cria emoção”, destacou, citando os GPs do Brasil e do México como exemplos de provas em que o desgaste de pneus contribuiu para diferentes estratégias.
Receio de repetição do cenário de 2023
O japonês teme que a corrida em Losail repita o panorama de 2023, quando um limite de 18 voltas levou todos a adotar três paradas na mesma janela. Ele também mencionou o GP de Mônaco de 2025 como outra corrida em que regras prescritivas reduziram a diversidade de táticas.
Discussão regulamentar
As críticas surgem enquanto a FIA avalia a possibilidade de tornar duas paradas obrigatórias a partir de 2026, proposta que ainda não conta com apoio unânime das equipes. Para Komatsu, impor limites fixos “torna a corrida previsível, menos emocionante e menos competitiva”.
O chefe da Haas reforçou que a imprevisibilidade é “essencial para o espetáculo” e que decisões como a aplicada no Catar podem prejudicar tanto pilotos quanto fãs.
Com informações de Autoracing



