Maranello, 15 de setembro de 2025 – A Ferrari trabalha em um projeto considerado “de risco elevado” para sua nova unidade de potência, que entrará em operação quando o regulamento técnico da Fórmula 1 mudar em 2026. A equipe italiana enxerga nas novas regras de motor e aerodinâmica uma oportunidade para mudar a ordem do grid após ter abandonado cedo as chances de título na temporada 2025.
Projeto leve e compacto
Fontes ligadas ao departamento de engenharia informam que o propulsor está sendo desenhado para ser o mais leve e compacto possível. A meta é liberar espaço no chassi e ampliar a liberdade de soluções aerodinâmicas. Essa filosofia, liderada pelo chefe de equipe Fred Vasseur, envolve concessões que podem comprometer a confiabilidade caso qualquer etapa do desenvolvimento falhe.
Saídas e contratações
Duas baixas importantes reforçaram a incerteza em Maranello. Wolf Zimmermann e Lars Shmidt, figuras-chave no setor de motores, deixaram o time e passaram a integrar o projeto de Mattia Binotto na Audi, marca que estreia na F1 em 2026. Para suprir as lacunas, a Ferrari contratou engenheiros vindos de Alpine e Mercedes nas últimas semanas.
Comparativo com rivais
Hoje, a Scuderia é vista levemente atrás da Mercedes no desenvolvimento de propulsores, mas permanece, ao lado da Honda, entre as fabricantes com melhor potencial para desafiar a líder alemã. A aposta agressiva pode render vantagem num grid que tende a ficar mais equilibrado, mas também amplia o risco de tropeços técnicos.
Variáveis externas
O novo combustível neutro em carbono, exigido pelo regulamento de 2026, é outro ponto de atenção. A Shell, parceira da Ferrari, trabalha para otimizar a composição que influenciará diretamente a geração de potência dos motores híbridos, cuja divisão de energia passará a ser 50/50 entre combustão interna e sistemas elétricos. Petronas (Mercedes) e Aramco (Aston Martin) fazem movimento semelhante junto a suas equipes.
A Ferrari acredita que o controle integral do projeto, somado à colaboração estreita com a Shell, poderá transformar ousadia em performance. Nos primeiros estágios de testes, a prioridade mantém-se na confiabilidade, considerada fundamental para que o conceito radical se traduza em resultados nas pistas a partir de 2026.
Com informações de Autoracing



