São Paulo, 15 de setembro de 2025 – O chefe executivo da Fórmula 1, Stefano Domenicali, reconheceu que o ataque aéreo ocorrido em 9 de setembro em Doha tornou a realização do Grande Prêmio do Catar um tema delicado, mas afirmou que, até o momento, a prova permanece no calendário.
O bombardeio atingiu líderes do Hamas, entre eles negociadores envolvidos em conversas sobre um cessar-fogo, em um distrito da capital catariana. Cinco integrantes do grupo e um agente de segurança local morreram, provocando forte repercussão diplomática dentro do Catar e entre países da região.
Em entrevista ao jornal britânico The Observer, Domenicali descreveu o episódio como “muito trágico” e explicou que a categoria acompanha os desdobramentos com atenção. “Estamos monitorando a situação de perto, mas ainda não chegamos ao ponto de dizer que a corrida corre risco. Esperamos que o esporte traga positividade”, declarou.
O dirigente italiano destacou o alcance global da Fórmula 1, único campeonato que visita diversos continentes ao longo do ano. Segundo ele, esse caráter itinerante favorece encontros com líderes mundiais, de primeiros-ministros a monarcas, permitindo que questões relevantes sejam abordadas além das pistas.
“Minha esperança é que, por meio da F1, possamos discutir a visão mais ampla do mundo em que vivemos”, completou Domenicali, reforçando a responsabilidade social do esporte.
Com a etapa catariana marcada para as próximas semanas, a Fórmula 1 mantém calendário e logística inalterados, enquanto autoridades locais reforçam monitoramento de segurança.
Com informações de AutoRacing



