Lando Norris afirmou que gostaria de exibir a mesma frieza demonstrada por Max Verstappen sob as pressões da Fórmula 1. Em entrevista à Viaplay, o britânico revelou que sente falta de uma postura mais indiferente, característica que enxerga no tricampeão mundial.
“Admiro as características e mentalidades de outros pilotos, como Max, que realmente tem aquela atitude de ‘não ligo para nada’”, declarou Norris. “Às vezes penso: queria ser mais assim, de verdade. Mas é apenas a diferença entre as pessoas, e Max provavelmente é o que mais contrasta comigo.”
Autocrítico e transparente com o público, o piloto da McLaren reconheceu que essa postura aberta costuma gerar questionamentos sobre a falta de “instinto assassino” em comparação com campeões como Lewis Hamilton, Ayrton Senna e Alain Prost. “Alguns dias eu sei o que tenho, e pode ser explorado como fraqueza, mas só se eu realmente ceder às críticas”, comentou.
Mesmo assim, o britânico garantiu que não pretende alterar seu comportamento para chegar ao topo. “O que mais me deixaria orgulhoso é se eu conseguir conquistar o título fazendo do meu jeito. Não quero criar um novo padrão, mas mostrar que você não precisa ter essa postura agressiva para ser campeão. Quero fazer isso à minha maneira.”
Disputa interna na McLaren
Na briga particular dentro da equipe de Woking, Norris aparece 31 pontos atrás do companheiro Oscar Piastri após abandonar o GP de Zandvoort. Apesar da desvantagem, ele acredita que a experiência acumulada pode ser decisiva. “Sempre odiei usar experiência como desculpa, mas você percebe que aprende certas coisas só vivendo. E isso é a minha vantagem sobre Oscar”, explicou.
Norris também reconheceu a força do australiano. “Oscar não deixa a desejar em velocidade, talento ou habilidade. Sei contra quem estou correndo, alguém tão rápido e bom quanto eu. Ele é incrivelmente calmo. Eu também me considero calmo, mas ao lado dele pareço emocional”, completou.
Segundo o calendário projetado pela equipe, Norris e Piastri serão companheiros na luta pelo título de 2025, cenário em que o britânico espera que sua abordagem mais aberta se mostre eficaz.
Com informações de F1Mania
