Carlos Sainz voltou a defender a criação de um grupo permanente de comissários na Fórmula 1. O tema reapareceu depois de o espanhol reverter parte da punição sofrida no Grande Prêmio da Holanda, disputado em Zandvoort.
No dia 25 de agosto, Sainz tocou em Liam Lawson na Curva 1 e recebeu dez segundos de penalização, além de dois pontos em sua superlicença. O piloto da Ferrari contestou a decisão imediatamente, classificando-a como injusta.
Revisão após novas imagens
A Williams solicitou um Direito de Revisão logo depois da prova. Os comissários analisaram o pedido somente após o GP da Itália, quando voltaram a se reunir. Com novas imagens de câmera apresentadas pela equipe, a FIA cancelou os dois pontos na superlicença de Sainz, mas manteve os dez segundos, já cumpridos durante a corrida.
Crítica ao modelo rotativo
O caso reacendeu questionamentos sobre o sistema atual, que utiliza comissários voluntários e em rodízio a cada etapa. Segundo dirigentes, o custo de profissionais fixos seria o principal obstáculo, argumento rejeitado por Sainz.
“F1 e FIA concordam que deveríamos ter dois comissários permanentes e um terceiro em rodízio para aprendizado. Dinheiro não é problema, há recursos suficientes no esporte”, afirmou o espanhol em Baku.
Para ele, nomes fixos garantiriam previsibilidade: “Se fossem sempre os mesmos, eu entenderia o padrão de julgamento. Com a rotatividade, nunca sabemos se a punição virá ou não”.
Referência a episódios anteriores
Sainz lembrou o GP da Austrália de 2023, quando tocou em Fernando Alonso, recebeu cinco segundos de punição e viu o pedido de revisão ser negado. Desta vez, elogiou a postura dos comissários: “Fiquei frustrado depois de Zandvoort, mas percebi que estavam abertos. A anulação dos pontos mostra avanço”.
O piloto destacou que nem toda situação exige reavaliação, mas considerou o episódio recente “óbvio” graças às novas imagens, que, segundo ele, comprovaram a inexistência de infração.
Com informações de Autoracing



