A Aston Martin Lagonda negou nesta segunda-feira (data de publicação) que esteja em conversas com o Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita para tornar a empresa privada. O posicionamento contraria relatos do Financial Times sobre supostas discussões preliminares entre o presidente executivo Lawrence Stroll e o fundo, que já possui 19,5% de participação na montadora.
Listada na Bolsa de Valores de Londres desde 2018, a companhia viu suas ações despencarem mais de 98% em sete anos e, segundo fontes de mercado, estuda a possibilidade de retirada do mercado acionário — movimento que pode anteceder uma privatização. Ao portal PlanetF1.com, entretanto, um porta-voz foi taxativo: “A Aston Martin não está em conversações com o PIF sobre ser adquirida”.
Além do fundo saudita, figuram entre os principais acionistas o presidente da Geely e Volvo, Shu Fu Li, com 14,09% dos papéis; o investidor suíço Ernesto Bertarelli, com 13,82%; e a Mercedes-Benz, detentora de 7,5%.
Resultados financeiros pressionam
No balanço do terceiro trimestre de 2025, a Aston Martin previu queda nas vendas de veículos em relação a 2024 e abandonou a meta de gerar fluxo de caixa positivo na segunda metade de 2025. A empresa atribui as dificuldades às tarifas impostas pelos Estados Unidos e à desaceleração econômica na China.
Atualmente avaliada em cerca de US$ 893 milhões, a montadora já chegou a valer US$ 4,95 bilhões em outubro de 2018. Para reforçar o caixa, a companhia anunciou em agosto de 2025 a venda de sua participação minoritária na equipe de Fórmula 1 por aproximadamente US$ 135 milhões, encerrando o ano com liquidez de cerca de US$ 312 milhões. O acordo comercial de longo prazo com a Aston Martin F1, no entanto, foi mantido.
O presidente-executivo Adrian Hallmark reafirmou que revisará o ciclo de produtos futuros para otimizar custos e investimentos diante do cenário econômico adverso.
Procurado, o PIF não comentou os rumores de eventual oferta para aquisição total da companhia.
Com informações de F1Mania.net



