São Paulo, 23 de setembro de 2025 – A introdução dos novos propulsores híbridos da Fórmula 1 em 2026 colocará o combustível totalmente sustentável no centro do desempenho das equipes. O regulamento da FIA prevê que a combinação entre motor a combustão e unidade elétrica ultrapasse os 1 000 hp de potência, meta que só será atingida se o novo combustível mantiver eficiência equivalente à dos atuais derivados de petróleo.
Divisão de potência
De acordo com as regras para 2026, o motor a combustão deverá gerar cerca de 540 hp, enquanto o sistema elétrico, alimentado pelo MGU-K, responderá por aproximadamente 470 hp. Para sustentar esse patamar, o combustível sintético precisa entregar energia sem perdas de rendimento, mesmo com a menor participação do bloco térmico no total de potência.
Origem e desenvolvimento
Empresas parceiras da categoria, como Aramco e Shell, desenvolvem misturas produzidas em laboratório a partir de lixo urbano, resíduos agrícolas e captura de carbono. Além de neutros em emissões, esses compostos devem suportar as temperaturas extremas e as altas pressões dos motores de F1.
Requisitos técnicos
Os engenheiros trabalham para garantir:
- Alta densidade energética, semelhante à dos combustíveis fósseis;
- Combustão rápida e completa, permitindo ajustes precisos de ignição e injeção;
- Índice de octanagem elevado para evitar detonação;
- Estabilidade térmica desde o tanque até a câmara de combustão.
Outra alteração relevante é o limite de fluxo de combustível guiado pela energia disponível, e não mais pela massa, exigindo ainda mais eficiência na queima.
Combinando sustentabilidade e alta performance, o sucesso do novo combustível será fundamental para que a Fórmula 1 mantenha o nível de competitividade a partir de 2026.
Com informações de Autoracing



