Bernie Ecclestone reafirmou que a Fórmula 1 não tinha, em 2008, qualquer dispositivo para cancelar ou alterar o resultado do Grande Prêmio de Singapura, marcado pelo acidente proposital da Renault que ficou conhecido como “crashgate”. A declaração foi feita ao jornal The Times a poucas semanas da audiência de 28 de outubro, em Londres, que analisará o processo movido por Felipe Massa.
O ex-chefe comercial da categoria, que completará 95 anos no dia do julgamento, rebate diretamente a tese do ex-piloto brasileiro. “Não havia como mudar ou cancelar aquela prova”, afirmou. “Não existiam disposições que permitissem isso.”
Defesa de Max Mosley
Ecclestone também isentou o então presidente da FIA, Max Mosley, de qualquer tentativa de encobrimento. Segundo ele, Mosley apenas avaliou que não havia evidências suficientes para agir imediatamente. “Max não dizia que deveríamos esconder algo, apenas que isso não faria bem para a imagem da F1”, relatou.
Massa mantém ação judicial
Felipe Massa, vice-campeão mundial em 2008 por um ponto de diferença para Lewis Hamilton, sustenta que o acidente deliberado da Renault invalidou o resultado da corrida e, por consequência, o campeonato. O brasileiro pede indenização de dezenas de milhões de dólares e afirma buscar “justiça esportiva”.
A iniciativa ganhou impulso em 2024, quando veículos alemães publicaram suposta citação de Ecclestone de que Hamilton “não deveria ter sido campeão”. Agora, o britânico relativiza a fala: “Dei entrevista a um jornalista na Alemanha cujo inglês não era bom. Ele só anotava. Depois, alguém na Inglaterra publicou. Nem lembrava disso até os advogados apresentarem o material”.
Ecclestone acrescentou que os representantes legais da FIA, da Fórmula 1 e dele próprio “não entendem” como o caso avançou para julgamento.
Com informações de Autoracing
