Rumores de que equipes da Fórmula 1 estariam utilizando componentes adicionais para reduzir o desgaste da prancha dos carros foram refutados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A especulação ganhou força após o Grande Prêmio de São Paulo, em novembro, e se intensificou com a desclassificação dos dois carros da McLaren em Las Vegas devido ao excesso de desgaste no assoalho.
Veículos de imprensa chegaram a publicar que o chefe-técnico da FIA, Joe Bauer, teria encontrado irregularidades em dois ou três monopostos depois da corrida sprint em Interlagos. De acordo com essas reportagens, impactos mais fortes na parte inferior dos carros levaram a uma inspeção geral, durante a qual teria sido descoberto um dispositivo incomum nos skid blocks de titânio. O órgão regulador teria, então, ordenado a retirada das peças antes da classificação, afetando sobretudo Ferrari e Red Bull; a McLaren, segundo o relato, já atenderia à orientação.
A versão apontava para o uso de blocos de titânio mais espessos. Quando aquecido, o metal se expandiria, protegendo a área que a FIA fiscaliza; ao esfriar, retornaria ao tamanho normal, escapando da medição. No entanto, após o GP de Las Vegas, essa teoria perdeu força.
Fontes ouvidas pelo site The Race disseram que membros da FIA e mecânicos trataram a hipótese como piada, argumentando que camadas adicionais de titânio apenas elevariam a temperatura e acelerariam o consumo dos blocos, resultando em desgaste ainda maior. Os regulamentos também proíbem qualquer cobertura que altere os sulcos usados na verificação do assoalho.
A explicação mais aceita dentro do paddock é que a McLaren adotou um acerto agressivo em Las Vegas, após já operar no limite mínimo de altura em São Paulo, sobretudo na traseira do carro, o que teria provocado o desgaste excessivo que levou à exclusão dos resultados.
Com informações de F1Mania



