Woking (27.set.2025) – Apesar de liderar a temporada 2025 da Fórmula 1, a McLaren vê um ponto vulnerável do MCL39 ameaçar a disputa pelo título. O chefe da equipe, Andrea Stella, reconheceu que o carro apresenta dificuldades nas freadas em linha reta, elemento decisivo em circuitos de baixa carga aerodinâmica como Baku, Monza e o próximo GP de Las Vegas.
Campeonato em aberto por detalhe
A escuderia britânica poderia ter assegurado o Mundial de Construtores no Azerbaijão, mas o abandono de Oscar Piastri e o sétimo lugar de Lando Norris mantiveram a disputa matemática até Singapura. Em Baku, o rendimento ficou aquém do esperado e, em Monza, a superioridade habitual também não apareceu, dando margem para a Red Bull, que venceu com Max Verstappen.
Ponto crítico: freadas em linha reta
Segundo Stella, tanto Baku quanto Las Vegas exigem frenagens fortes após longas retas, condição na qual o MCL39 não se mostra competitivo. “Se me perguntassem qual é o fim de semana mais difícil para nós, eu diria Baku ou Las Vegas”, afirmou o dirigente.
Projeto voltado a curvas rápidas
O desenho do MCL39 privilegia curvas longas de média e alta velocidade, ausentes nos traçados de Baku e Las Vegas. De acordo com Stella, o carro apresenta dois problemas principais nesses cenários:
- Desempenho limitado nas frenagens em linha reta;
- Dificuldade em seguir trajetórias prescritas, preferindo maior rolagem nas curvas.
A Curva 1 de Zandvoort foi citada como exemplo de trecho em que o modelo se destaca, contraste absoluto com o perfil dos próximos desafios.
Versatilidade ainda rende frutos
Mesmo fora da zona de conforto, a McLaren conseguiu disputar a pole position no Azerbaijão, algo que Stella credita à equipe técnica. “É um mérito dos engenheiros termos um carro capaz de brigar mesmo em condições desfavoráveis”, comentou.
Com o campeonato entrando na reta final, a escuderia trabalha para minimizar a desvantagem nas pistas de baixa downforce e evitar que a Red Bull capitalize nos pontos fracos do MCL39.
Com informações de Autoracing



