PARIS (15.set.2025) – Pierre Gasly, apontado como um dos pilotos mais consistentes do pelotão intermediário da Fórmula 1, estendeu seu contrato com a Alpine até o fim da temporada 2028. O francês, que já tinha vínculo garantido para 2026, optou por permanecer na escuderia mesmo com o time ocupando a última posição no Mundial de Construtores deste ano.
Contrato ampliado
O novo acordo mantém Gasly como peça-chave do projeto comandado pelo grupo Renault. Detalhes financeiros não foram divulgados, mas o piloto de 29 anos afirmou ter ponderado “bastante” antes de assinar. “Não foi uma decisão automática, dada a performance no início do ano. Mas vejo esta como uma opção muito forte”, declarou após a classificação em Monza.
Situação da equipe
A Alpine vive um período marcado por trocas na liderança e incertezas sobre a dupla de pilotos. Jack Doohan e Franco Colapinto, cotados para a segunda vaga, ainda não pontuaram em 2025, enquanto Gasly somou 20 pontos em quatro chegadas entre os dez primeiros – o melhor resultado foi o sexto lugar no chuvoso GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.
Mudança de motor em 2026
Para tentar reagir, o time encerrará o uso do próprio propulsor e passará a ser cliente Mercedes a partir de 2026. A troca deve eliminar o déficit de potência e de eficiência de recuperação de energia, evidenciado em pistas de alta velocidade como Monza.
Estrutura técnica
A direção esportiva é capitaneada por Flavio Briatore desde 2024, com David Sanchez no cargo de diretor técnico. Apesar do histórico de títulos nas eras Michael Schumacher (década de 1990) e Fernando Alonso (anos 2000), a equipe venceu apenas uma corrida nos últimos 12 anos.
Cláusulas de saída e mercado
Fontes próximas ao paddock indicam que o contrato de Gasly teria dispositivos que permitem uma saída caso surja proposta de uma equipe de ponta ou se a Alpine não evoluir. Valtteri Bottas e Sergio Pérez, por exemplo, preferiram assinar com a estreante Cadillac para 2026 em vez de aguardar uma vaga em Enstone.
Gasly completa 30 anos em fevereiro de 2026 e, ao garantir um acordo de longo prazo, também maximiza sua remuneração em uma fase importante da carreira. Resta saber se a aposta na reconstrução da Alpine permitirá ao francês disputar vitórias com regularidade nas próximas temporadas.
Com informações de RACER



