Lewis Hamilton voltou a expressar insatisfação com o design de pistas construídas recentemente para a Fórmula 1. No domingo, 2 de novembro de 2025, em Singapura, o heptacampeão destacou que os traçados modernos permitem que o piloto erre sem sofrer consequências significativas, situação bem diferente da vivida nas décadas de 1990 e 2000.
Segundo o britânico, autódromos tradicionais como Zandvoort, Silverstone e Suzuka ainda preservam áreas de escape em grama ou cascalho, capazes de punir imediatamente quem passa do limite. Já circuitos inaugurados nos últimos anos, entre eles Austin, Catar e Abu Dhabi, utilizam extensas faixas de asfalto fora do traçado principal, oferecendo chance de retorno à corrida sem grandes danos ao carro.
“A segurança é fundamental, mas, antigamente, se você colocasse as quatro rodas fora da pista, havia um preço a pagar. Agora, na maioria dos casos, o piloto sai e volta sem problemas”, comentou Hamilton.
Caráter das pistas e formato sprint
O piloto da Mercedes também elogiou o “caráter único” dos circuitos mais antigos, comparando-os a casas históricas. Para ele, muitas pistas recentes carecem desse tipo de identidade, embora mencione Austin como exceção positiva por proporcionar boas disputas.
Hamilton afirmou ainda que vários autódromos com grande apelo de público não entregam corridas empolgantes, pois o traçado dificulta ultrapassagens e torna a classificação decisiva. Nesse contexto, o inglês defendeu mais critério na escolha de sedes para as provas sprint.
“Gosto do formato sprint, mas precisamos escolher pistas que gerem ação. Singapura, por exemplo, receberá uma sprint em 2026; em 19 voltas ali, é difícil imaginar ultrapassagens”, avaliou.
Mesmo assim, Hamilton reconheceu avanços na modalidade e celebrou a expansão global da categoria.
Com informações de Autoracing
