A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) enfrenta simultaneamente três ações judiciais movidas por figuras influentes do esporte, todas questionando a transparência e a governança da entidade.
Susie Wolff alega difamação
Diretora da F1 Academy, Susie Wolff ingressou com um processo por difamação nos tribunais franceses. A ex-pilota contesta a investigação aberta pela FIA em dezembro de 2023 sobre suposto conflito de interesses, motivada por sua ligação com o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, e pelo casamento com Toto Wolff, chefe da Mercedes. A apuração foi encerrada em 48 horas, mas Susie classificou a postura da federação como “falta de transparência e responsabilidade”. O caso segue em análise judicial.
Felipe Massa cobra indenização pelo “Crashgate”
O ex-piloto Felipe Massa acionou a FIA, a Fórmula 1 e o ex-dirigente Bernie Ecclestone na Justiça britânica. O brasileiro requer até US$ 85 milhões de indenização por perdas ligadas ao GP de Cingapura de 2008, quando a Renault manipulou o resultado da corrida — episódio conhecido como “Crashgate”. Massa baseia sua ação em declaração de Ecclestone, feita em 2023, de que FIA e FOM tinham conhecimento da fraude, mas não agiram. Audiências realizadas esta semana no Reino Unido definirão se o processo avançará para julgamento completo.
Laura Villars questiona processo eleitoral
A pilota e ex-candidata à presidência da FIA, Laura Villars, obteve uma audiência emergencial na Justiça francesa para contestar as regras da eleição marcada para dezembro. Ela afirma que o modelo vigente impede candidaturas de oposição, pois exige uma lista com dez representantes regionais — um por cada zona da FIA. Segundo Villars, a vaga da América do Sul é ocupada exclusivamente por Fabiana Ecclestone, que já declarou apoio ao atual presidente, Mohammed Ben Sulayem.
O também ex-candidato Tim Mayer retirou sua postulação em 17 de outubro, classificando o processo como “teatro”. A FIA sustenta que o regulamento eleitoral não é novo e que os aspirantes tiveram tempo para se organizar desde junho. Caso a Justiça suspenda o pleito, Ben Sulayem permanecerá no cargo, porém com poderes limitados até o encerramento da investigação.
Os três processos reforçam as críticas sobre a necessidade de maior abertura e responsabilidade na gestão do órgão máximo do automobilismo.
Com informações de F1Mania



