George Russell deixou o Circuito das Américas, no último domingo (22), visivelmente contrariado com a forma como a degradação dos pneus influenciou o Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1. O piloto da Mercedes largou em quarto, caiu para sexto já na curva 1 e permaneceu nessa posição até a bandeirada, adotando uma estratégia de uma única parada.
Na prova de Austin foram utilizados os compostos C3 (médio) e C4 (macio). Segundo Russell, a durabilidade excessiva dos pneus tem reduzido as diferenças de desempenho e, consequentemente, as oportunidades de ultrapassagem.
“Foi frustrante. Eu já sentia que o resultado seria definido na curva 1. Se tivesse saído em quarto, talvez terminasse em terceiro, mas não houve degradação suficiente para criar um delta de ritmo”, comentou o britânico. “Entre o carro mais rápido e o mais lento dos seis primeiros havia, no máximo, dois ou três décimos de segundo por volta. Para ultrapassar, precisamos de pelo menos meio segundo.”
Russell destacou que o cenário atual coloca a Pirelli em uma posição delicada. “Quando há muita degradação, reclamamos que precisamos poupar e não podemos acelerar. Quando não há, as corridas ficam entediantes. É difícil para eles agradarem.”
Como solução, o piloto sugeriu pneus que permitam voltas rápidas, mas apresentem queda abrupta de desempenho após determinado número de giros. “O ideal seria o macio durar 12 voltas, o médio 15 e o duro 20, depois ‘despencar’. Isso obrigaria a dois ou três pit-stops”, avaliou.
O britânico reconheceu, porém, a complexidade de desenvolver esse tipo de composto. “É fácil falar, mas complicado de fazer. A Pirelli nos entregou um pneu mais resistente, o que é bom, mas acaba gerando corridas ruins.”
Com informações de F1Mania



