Carlos Sainz reforçou, nesta quinta-feira (18), a ideia de que a Fórmula 1 deveria adotar comissários permanentes para dar mais previsibilidade às decisões em pista.
O piloto da Ferrari comentou o tema na esteira da revisão que cancelou a punição recebida no Grande Prêmio da Holanda. Na ocasião, Sainz havia sido penalizado com dez segundos e dois pontos na superlicença por colisão com Liam Lawson. O time Williams solicitou direito de revisão, e os comissários retiraram a sanção.
Incerteza no momento das decisões
Segundo Sainz, ainda não está claro por que algumas ocorrências são avaliadas imediatamente e outras apenas após a corrida. “Não sei qual é o critério. Há pressão para que o resultado saia assim que a prova termina, mas isso nem sempre acontece”, afirmou.
Para o espanhol, a presença de um grupo fixo de comissários facilitaria o entendimento dos competidores. “Se soubéssemos que os juízes são sempre os mesmos, poderíamos prever o padrão de decisões. Com rostos diferentes a cada fim de semana, fica difícil”, disse.
Resistência de parte do grid
Sainz reconheceu que alguns colegas temem a adoção de comissários permanentes. “Há quem compare com o futebol, onde os árbitros mudam a cada jogo, e teme que surja a sensação de perseguição pessoal”, explicou.
Exemplo do diretor de prova
O piloto citou o trabalho do diretor de prova Rui Marques como exemplo positivo de continuidade. “Estamos há um ano com o mesmo diretor, e isso ajuda a construir um relacionamento e a entender as decisões”, comentou.
Revisão considerada passo adiante
Sobre o episódio em Zandvoort, Sainz disse ter ficado frustrado inicialmente, mas elogiou a abertura dos comissários para dialogar. “Perceberam que o julgamento talvez não fosse o mais adequado. O fato de existirem mecanismos para reverter penalidades é um passo importante”, concluiu.
Com informações de RACER



