Londres, 25 de novembro de 2025 – Toto Wolff afirmou que não pretende abrir mão de uma fatia maior de suas ações na equipe Mercedes de Fórmula 1 nem alterar sua função de chefe de equipe e diretor-executivo. A declaração ocorre poucos dias após o austríaco negociar 15% de sua participação para o cofundador e CEO da CrowdStrike, George Kurtz.
Com o acordo, Kurtz passa a deter 5% do time – cota correspondente a 15% da porção de Wolff, que divide igualmente a propriedade da escuderia com a Mercedes-Benz e a INEOS. A transação avaliou a equipe em aproximadamente US$ 6 bilhões.
“Não planejo vender a equipe nem sair do meu cargo”, disse Wolff. “Estou em um bom momento, me divertindo, e enquanto sentir que contribuo — e que os outros também veem essa contribuição — não há motivo para pensar em outra direção.”
Segundo o dirigente, a venda parcial tem objetivo estratégico. “Vendi algumas ações ao George, que é um entusiasta do automobilismo e um empreendedor de tecnologia. Ele vai nos ajudar a ampliar nossa presença no mercado dos Estados Unidos. Essa foi a razão, nada além disso.”
Valorização das equipes
O valor atribuído à Mercedes chamou atenção em meio ao crescimento comercial da Fórmula 1. Todas as equipes já são estimadas em, no mínimo, US$ 1,5 bilhão, de acordo com a revista Forbes. Wolff credita a valorização sobretudo ao teto orçamentário introduzido pela categoria.
“Se alguém dissesse, há cinco anos, quais seriam os valores de mercado atuais, ninguém acreditaria”, afirmou. “A explicação é simples: com o limite de gastos, o nosso modelo de negócios mudou radicalmente. Passamos a aumentar receitas e fluxo de caixa livre, o que elevou os múltiplos da indústria.”
O dirigente comparou o cenário ao de franquias esportivas americanas. “Os Dallas Cowboys valiam US$ 3 bilhões cinco anos atrás; hoje chegam a US$ 12 bilhões, graças à mudança nos números fundamentais. Se continuarmos oferecendo um espetáculo atraente, não há razão para a Fórmula 1 deixar de crescer.”
Wolff segue como acionista de um terço da Mercedes, junto a Mercedes-Benz e INEOS, e reiterou que não há novos planos de venda ou afastamento das funções operacionais.
Com informações de RACER



