São Paulo (21.nov.2025) – Mesmo sem liderar o campeonato mundial de 2025, Max Verstappen vem sendo citado por especialistas como protagonista de uma das defesas de título mais impressionantes da Fórmula 1. A análise foi publicada pelo site norte-americano RACER, que reuniu exemplos históricos para colocar a campanha atual do holandês ao lado de façanhas lendárias da categoria.
Situação do campeonato
Com três etapas restantes, o piloto da Red Bull aparece 49 pontos atrás de Lando Norris e 25 atrás de Oscar Piastri, ambos da McLaren. Apesar da desvantagem, o desempenho de Verstappen ao volante do RB21 é descrito como “excepcional” pela publicação. Segundo o correspondente Chris Medland, a equipe conseguiu “acrescentar performance e resolver problemas de balanço”, permitindo que o holandês atacasse mais e, ao mesmo tempo, cuidasse melhor dos pneus.
Corrida de recuperação em Interlagos
O texto lembra o Grande Prêmio de São Paulo, quando Verstappen largou dos boxes após troca de motor, ganhou vantagem estratégica com um pit stop em bandeira amarela e terminou em terceiro. A manobra levou Norris a afirmar que, se o rival tivesse partido da frente, venceria pela sexta vez no ano.
Opinião dos especialistas
Para o jornalista Edd Straw, “ninguém além de Max estaria perto da disputa com o RB21”. Ambos os analistas concordam que, caso o tricampeão conquiste o título, será “o melhor de sua carreira”; porém, mesmo sem a taça, a temporada já merece lugar entre as grandes defesas da história.
Comparações históricas
O artigo lista campanhas consideradas referência em 75 anos de Mundial:
- Alberto Ascari (1954) – Após dominar 1952 e 1953, mudou para a Lancia e disputou apenas quatro das oito provas; abandonou com problema de embreagem quando liderava em Pedralbes.
- Juan Manuel Fangio (1957) – Conquistou o quinto título pilotando a veterana Maserati 250F.
- Jack Brabham (1960) – Venceu quatro corridas consecutivas e confirmou o bicampeonato com o Cooper.
- Jim Clark (1964-1966) – Perdeu o título de 1964 por quebras mecânicas, mas mostrou genialidade com motor inferior em 1966 e venceu em Watkins Glen.
- Jackie Stewart (1970) – Tirou o máximo do problemático March 701, conquistando vitória dominante em Montjuïc e poles em três circuitos.
- Emerson Fittipaldi (1973) – Somou três vitórias nas quatro primeiras etapas, mas sofreu com quatro abandonos; ainda assim terminou entre os primeiros.
- Niki Lauda (1976) – Voltou às pistas seis semanas após acidente quase fatal em Nürburgring, perdeu o título por um ponto para James Hunt em Fuji sob chuva torrencial.
- Alan Jones (1981) – Mesmo com problemas na Williams, lutou até o fim; abandonou liderança em Zolder e Mônaco por falhas técnicas.
- Nelson Piquet (1982) – Desenvolvimento do novo turbo BMW prejudicou sua defesa; o brasileiro recuperou-se e foi campeão novamente em 1983.
- Keke Rosberg (1983) – Competiu com déficit de até 300 cv frente aos turbos, mas venceu em Mônaco com o Williams-Cosworth e foi quinto no mundial.
- Alain Prost (1986) – Com McLaren menos potente, somou quatro vitórias e superou Williams de Mansell e Piquet na final de Adelaide.
- Ayrton Senna (1991) – Defendeu o título contra a veloz Williams FW14, garantindo quatro triunfos seguidos no início da temporada e selando o tri com uma etapa de antecedência.
- Michael Schumacher (1995) – Obteve nove vitórias com Benetton contra a Williams Renault.
- Fernando Alonso (2006) – Manteve a coroa diante de um Ferrari forte e empatou em vitórias (7-7) com Schumacher, levando vantagem nos pódios.
Por que 2025 entra na lista
A matéria conclui que, embora a Red Bull tenha evoluído o RB21, o MCL39 segue mais rápido em vários traçados. Mesmo assim, a consistência de Verstappen, aliada à ausência de erros e a façanhas como a corrida de recuperação em São Paulo, justificam a inclusão da campanha de 2025 entre as maiores defesas de título já vistas.
Com informações de RACER
