A IndyCar Series utilizou um teste recente no oval de 2,5 milhas do Indianapolis Motor Speedway para analisar duas possíveis mudanças técnicas para os carros atuais e futuros: um conjunto de freios desenvolvido pela Performance Friction Corporation (PFC) e dois modelos de amortecedores fornecidos pela sueca Öhlins.
Os ensaios foram conduzidos por Alexander Rossi, vencedor da Indy 500 de 2016, no carro nº 20 da Ed Carpenter Racing, e por Takuma Sato, campeão da prova em 2017 e 2020, no carro nº 75 da Rahal Letterman Lanigan Racing.
Freios menores para 2026
Hoje, a categoria utiliza o mesmo conjunto de pinças, discos e pastilhas em todos os tipos de pista. A proposta para 2026 é introduzir uma pinça específica para ovais, mais leve, compacta e com resposta mais rápida. A mudança mira situações como a desaceleração brusca na entrada dos boxes em Indianápolis, onde alguns pilotos têm dificuldade para reduzir de mais de 320 km/h para cerca de 100 km/h após longos períodos sem usar o pedal.
Durante o teste, os pilotos relataram pedal firme e resposta imediata. Segundo Mark Sibla, vice-presidente sênior de competição e operações da IndyCar, a redução de peso e o ganho de desempenho tornam o sistema atrativo. A expectativa é substituir as atuais pinças de seis pistões por versões com quatro pistões na traseira a partir de 2026, principalmente para a Indy 500, mas com possibilidade de uso em todos os ovais.
Amortecedores pode se tornar item de controle em 2028
Desde 2012, os amortecedores são a única área de suspensão em que as equipes podem desenvolver soluções próprias, o que eleva custos de pesquisa e salários de especialistas. Pressionada por proprietários que buscam reduzir gastos, a direção da categoria avaliou dois modelos padronizados da Öhlins.
Rossi e Sato compararam o equipamento atual com um amortecedor maior e outro menor. De acordo com Sibla, um dos protótipos foi descartado, enquanto o outro ainda precisa de refinamentos para oferecer sensação semelhante à existente. A adoção de um amortecedor único é considerada para o novo chassi previsto para 2028, mas outros testes e análise de dados serão realizados antes que a proposta seja apresentada aos donos de equipe.
Sibla esclareceu que a decisão final levará em conta desempenho, impacto financeiro e a opinião dos times. O processo continua com a revisão dos dados coletados durante o teste em Indianápolis.
Com informações de RACER



