Indianápolis (EUA) – Al Speyer, engenheiro que comandou a volta da Firestone às competições de monopostos nos Estados Unidos, morreu na segunda-feira, 27 de outubro, aos 75 anos. Nascido em Long Island, Nova York, ele dedicou 39 anos à companhia, trajetória que prosseguiu após a aquisição pela Bridgestone Americas.
Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Syracuse, Speyer tornou-se referência nos programas de competição da marca, com passagens por Fórmula 1, IMSA, Firestone Firehawk Endurance Series, SCCA e Trans Am.
Passagem decisiva pela Indy
Em 1990, ao lado do colega Joe Barbieri, Speyer fechou contrato para fornecer pneus com exclusividade à Indy Lights. O acordo abriu caminho para o ingresso da Firestone na CART IndyCar Series em 1995 e, no ano seguinte, na recém-criada Indy Racing League.
Sob sua liderança, a Firestone conquistou o título da CART logo na segunda temporada após o retorno, em 1996, e venceu todos os campeonatos seguintes na disputa direta com a Goodyear. Na IRL, o primeiro campeonato veio em 1999. A sequência de resultados levou a rival a deixar o cenário de monopostos norte-americano, sem retorno até hoje.
Quando a CART passou a se chamar Champ Car, Speyer manteve o fornecimento de pneus sob a marca Bridgestone. Após a reunificação das categorias em 2008, a Firestone continuou como fornecedora única da atual IndyCar, posição que conserva até o presente.
Carreira executiva
Em 2001, Speyer foi promovido a diretor-executivo de esportes a motor da Bridgestone Americas. Ele se aposentou em dezembro de 2012. À época, declarou: “Minha carreira foi um sonho realizado (…) Agora pretendo passar mais tempo com minha esposa Jane, nosso filho Erik e amigos”.
O descanso durou pouco. Em 2013, o empresário Don Panoz o convidou para ser diretor de operações do projeto DeltaWing, função que exerceu até 2016.
Homenagem da Firestone
Em nota, a empresa lamentou a perda: “Al guiou a Firestone Racing com paixão e liderança, desempenhando papel decisivo no retorno da marca à IndyCar e às 500 Milhas de Indianápolis em 1995. Nossos sentimentos à esposa Jane, ao filho Erik e a todos que o conheceram. Seu legado permanecerá”.
Não foram divulgados detalhes sobre velório ou cerimônia de despedida.
Com informações de RACER



