Arrow McLaren encerrou a temporada 2025 da NTT IndyCar Series como a nova força a ser batida atrás da Chip Ganassi Racing. Impulsionada por Pato O’Ward, vice-campeão, e Christian Lundgaard, quinto colocado geral, a equipe somou resultados consistentes, superou a Penske no universo Chevrolet e ultrapassou a Andretti Global para assegurar o segundo lugar no campeonato de equipes.
Resultados que consolidam o salto
Ao longo das 17 etapas, O’Ward e Lundgaard acumularam seis pódios cada. O mexicano venceu a primeira corrida em Iowa e repetiu o feito nas ruas de Toronto. A dupla foi decisiva para que o time liderado por Zak Brown terminasse a temporada como melhor representante da Chevrolet.
Engenharia alinhada
O engenheiro de corrida Will Anderson, responsável pelo carro nº 5 de O’Ward desde 2020, destaca a redução de falhas de confiabilidade — exceção feita a um problema elétrico em Portland — e o ganho de performance em pistas onde o time antes sofria. Em Portland, por exemplo, os dois carros formariam a primeira fila se Lundgaard não cumprisse punição de seis posições no grid; O’Ward liderou boa parte da prova antes de abandonar, enquanto o dinamarquês terminou em segundo após segurar Alex Palou.
Chris Lawrence, que trocou o cargo de engenheiro de simulação para assumir o nº 7, ressalta que a diferença de estilos de pilotagem entre O’Ward e Lundgaard permitiu ao time “dividir” programas de teste e encontrar rapidamente o melhor caminho de acerto.
Evolução individual
Com seis temporadas de experiência, O’Ward amadureceu a ponto de “garantir o máximo de pontos mesmo quando não tem carro para vencer”, segundo Anderson. Já Lundgaard, contratado junto à Rahal Letterman Lanigan, mostrou progresso acentuado em ovais: saiu de 22º para 2º na segunda corrida de Iowa, avançou de 17º para 6º em Milwaukee e largou em terceiro na final de Nashville antes de abandonar por falha mecânica.
Coulisson nos bastidores
O relacionamento entre os pilotos é descrito como profissional e produtivo. A troca de dados foi crucial para a retomada em circuitos onde o time “não saía da janela” já ao deixar os caminhões, graças também ao trabalho pré-temporada na sede e à construção de carros mais consistentes.
Olho na Indy 500
A espera por uma vitória da McLaren nas 500 Milhas de Indianápolis continua — a última conquista do nome ocorreu em 1976 com Johnny Rutherford. O’Ward soma cinco chegadas entre os seis primeiros, incluindo dois segundos lugares. Anderson admite que qualquer posição diferente da vitória em Indianápolis “gera frustração”, mas afirma que a equipe usa essa motivação como combustível para a próxima tentativa.
Com Palou e Ganassi ainda como referência, Arrow McLaren termina 2025 convencida de que o pacote piloto-engenharia-estrutura deu um salto consistente e a coloca em posição de brigar pelo título já a partir da próxima temporada.
Com informações de RACER



