Penske Entertainment comunicou às equipes da IndyCar que pretende aumentar em US$ 500 mil o valor de cada contrato do programa Leaders Circle a partir de 2026. O repasse, que foi de aproximadamente US$ 1,16 milhão em 2025, passaria para perto de US$ 1,7 milhão, configurando o maior salto anual desde a criação do sistema em 2002.
O Leaders Circle foi estabelecido na década de 2000 pela família Hulman George para distribuir a maior parte da premiação entre os carros que se comprometem a disputar toda a temporada. Atualmente, os 22 melhores colocados no campeonato de construtores do ano anterior recebem essa verba garantida.
Com a adoção dos contratos de charter fornecidos pela Penske em 2025, apenas 25 inscrições permanentes — exceção feita à estreante PREMA Racing — podem concorrer aos 22 lugares do programa.
Impacto financeiro nas equipes
Segundo proprietários de escuderias, o custo anual por carro variou de US$ 6 milhões a US$ 8 milhões na primeira metade da década, saltando para uma faixa entre US$ 8 milhões e US$ 10 milhões em 2024 e 2025 — alguns casos chegam a US$ 11 milhões ou US$ 12 milhões. O valor atual do Leaders Circle cobre cerca de 14% do orçamento médio de US$ 7 milhões; com a elevação prevista, a participação pode superar 20% para quem gasta na faixa mais baixa e chegar a 17% para quem opera nos níveis mais altos.
Contexto corporativo
O anúncio ocorre poucas semanas após a venda de 33% da IndyCar e do Indianapolis Motor Speedway para a Fox Corporation, concluída em agosto de 2025. Os recursos adicionais previstos para o Leaders Circle são vistos como parte do esforço para equilibrar o aumento dos custos de competição e garantir maior estabilidade às equipes de médio e pequeno porte.
A mudança ainda depende da formalização dos contratos para a temporada 2026, mas fontes próximas às negociações confirmam que a nova cifra já foi apresentada aos chefes de equipe.
Com informações de RACER
