Londres (Reino Unido), 29 de setembro de 2025 – Começa nesta segunda-feira o julgamento civil que pode encerrar a disputa judicial entre a McLaren Indy LLC/McLaren Racing LTD e o piloto espanhol Alex Palou, representado por ALPA Racing LLC e Palou Motorsport SL. A ação, aberta em agosto de 2023, será conduzida por um juiz britânico e deve se estender por algumas semanas ou meses.
O que motivou o processo
A McLaren acusa Palou de descumprir contratos assinados em outubro de 2022, que previam sua transferência em tempo integral para a equipe Arrow McLaren na IndyCar entre 2024 e 2026, além de um acordo de promoção de imagem. Em janeiro de 2023, o espanhol recebeu da empresa um bônus de assinatura de US$ 400 mil.
Em agosto de 2023, porém, o advogado de Palou informou à McLaren que o piloto renovara com a Chip Ganassi Racing (CGR) para o período 2024-2026 – mesma vigência acordada com a McLaren. Dias depois, a equipe britânica entrou com ação por quebra de contrato.
Valores em disputa
No processo original, mais de US$ 30 milhões eram reclamados. Uma petição atualizada em 19 de setembro reduziu o valor para cerca de US$ 25 milhões, já considerados juros. A McLaren alega perdas em patrocínios, repasses de montadoras, pagamentos a outros pilotos e custos de testes na Fórmula 1, além da devolução do bônus de assinatura.
A defesa de Palou reconhece a quebra contratual, mas contesta as estimativas financeiras apresentadas pela equipe e busca diminuir o montante da possível indenização.
Como será o julgamento
A primeira semana está reservada para a apresentação dos argumentos das partes. Na segunda semana, testemunhas e especialistas convocados pelos dois lados prestarão depoimentos. Entre os nomes aceitos pelo tribunal estão os agentes Julian Jakobi e Brian Marks, na condição de especialistas em IndyCar, e os ex-dirigentes de Fórmula 1 Otmar Szafnauer e Claire Williams.
O juiz deve interromper o processo na terceira semana para atender a outros casos já agendados, o que pode adiar a decisão final para novembro, dezembro ou, se necessário, até 2026.
Antecedentes da disputa
• Primeira tentativa – A McLaren tentou contratar Palou para 2023, mas a CGR exerceu opção de renovação. O impasse foi resolvido por mediação, com o piloto permanecendo na equipe norte-americana aquele ano, sagrando-se bicampeão da IndyCar.
• Contrato de 2022 – Em outubro daquele ano, Palou assinou novo acordo com a McLaren para correr a partir de 2024 e atuar como reserva na Fórmula 1, função que exerceu em 2023, incluindo sessões de testes.
• Renovação com a CGR – A virada ocorreu em agosto de 2023, quando o espanhol optou por um novo vínculo com a Chip Ganassi, onde conquistou mais dois títulos em 2024 e 2025.
O desfecho do caso dependerá da avaliação do juiz sobre as perdas alegadas pela McLaren e das contestações da equipe de Palou. Novas informações serão divulgadas conforme o andamento do processo.
Com informações de RACER



